esclerose múltipla

Viver com Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune do sistema nervoso central. Saiba quais os exames úteis para o diagnóstico e os tratamentos disponíveis.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta a propagação normal dos impulsos nervosos. Nesta doença, o sistema imunitário produz anticorpos que atacam a mielina — substância branca que envolve as células nervosas —, causando danos que interferem a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.

Esta doença, que é mais comum nos jovens adultos (embora possa surgir em qualquer faixa etária) e nas mulheres, afeta mais de 1,8 milhões de pessoas em todo o mundo e pode manifestar-se de várias formas.

A Sociedade Portugal de Esclerose Múltipla divide-as nos seguintes tipos:

  • Surto-remissão: em cerca de 80% dos casos, a doença apresenta-se na forma de surtos de agravamento neurológico, intercalados por fases sem novos sintomas (remissão).
  • Secundária progressiva: manifesta-se inicialmente por surtos, seguidos de uma perda gradual das funções do corpo.
  • Primária progressiva: menos frequente, esta forma apresenta-se como um agravamento neurológico contínuo e progressivo ao longo do tempo.
  • Benigna: este tipo caracteriza-se por uma incapacidade contínua que é praticamente inexistente ou muito reduzida.

As causas da esclerose múltipla ainda são desconhecidas. No entanto, pensa-se que possa resultar da combinação de vários fatores, como a hereditariedade ou até infeções virais.

Por norma, têm início entre os 20 e os 40 anos de idade. Podem afetar qualquer parte do corpo e variam consoante os dados infligidos à mielina e os nervos afetados.

Os sintomas mais comuns são:

esclerose múltipla

Conheça alguns dos exames úteis:

  • Punção lombar: este exame analisa o líquido cefalorraquidiano. É realizado através da inserção de uma agulha entre as vértebras na região lombar até ao local onde o líquido circula à volta da medula espinhal;
  • Ressonância magnética e medular: este exame cria imagens detalhadas do cérebro e da medula espinhal de forma a identificar lesões. Pode ser necessário administrar um contraste por via intravenosa para verificar se as lesões estão ativas;
  • Potenciais evocados: estes testes utilizam pequenos elétrodos colocados na cabeça para monitorizar a atividade cerebral em resposta a estímulos visuais ou auditivos.

Para melhorar a qualidade de vida dos doentes, podem ser realizados dois tipos de tratamentos:

Tratamento preventivo

Este tratamento tem como objetivo reduzir a resposta do sistema imunitário, evitando assim a resposta autoimune e a ocorrência de surtos.

Para isso, são utilizados medicamentos que podem ser administrados de várias formas: comprimidos, injeções subcutâneas ou intramusculares, e tratamentos intravenosos. Estes medicamentos podem ser tomados em casa ou no hospital.

Tratamento de surtos

Os surtos podem ser tratados com corticoides, que são medicamentos anti-inflamatórios muito potentes. Estes são administrados em altas doses por via endovenosa. O tratamento tem a duração de 3 a 5 dias e, na maioria das vezes, os efeitos secundários são raros.

 

É inegável: viver com esclerose múltipla é um desafio diário. Por isso, é crucial que adote alguns cuidados, como manter uma alimentação equilibrada, evitar o tabaco, praticar exercício físico, gerir o stress e, acima de tudo, contar com o acompanhamento de uma equipa médica. Assim, não só vai conseguir controlar a doença, como alcançar uma vida mais plena.

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